Ali parado, esquivando os meus pés de algum pisão involuntário, eu só me contentava mesmo em observar o semblante, o jeito daquelas inúmeras pessoas, homens e mulheres se aglomerando e passando pelas várias catracas daquela estação ferroviária. A pressa era tanta que muitos passageiros nem percebiam que algluns bloqueios estavam assinalados com a luz vermelha, o que significa que por ali era apenas permitado às pessoas que estivessem desembarcando. E inutilmente tentavam passar o bilhete único ou convencional, ficando irritados por não conseguir o objetivo, aumentando, consequentemente o gra de seu estresse. Diante de tanta pressa e desatenção, neste ínterim, cheguei a pensar que aquelas pessoas iriam socorrer algum parente. E até cogitei numa hipótese inusitada. Por exemplo: se alguém deixasse cair algum objeto de valor naquele meio e tentasse se agachar para pegá-lo, no mínimo seria até pisoteado pelas outras pessoas que vinham logo atrás, sem a mínima intenção em desviar de nada. Todos só queriam pegar o trem como se ele fosse o último.
Quando a pessoa que eu estava esperando chegou e eu fiz tal comentário sobre aquele movimento fora do comum, como ela já conhecia mais do que eu a rotina daquela estação e de outras naquele horário, apenas desabafou:
- "Você chama isso de movimento? Que nada, rapaz, hoje está é muito tranquilo porque é sábado. Você precisa ver isso aqui é num dia de semana normal!"
Sinceramente, estou fora! E literalmente, após conversarmos o combinado, caí fora daquela avalanche humana que parecia não ter fim!...
Joboscan de Araújo
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