domingo, 5 de fevereiro de 2012

O JOIO E O TRIGO POLÍTICOS

Quando o assunto é administração pública, a primeira ideia que surge é que se vai citar algum caso de roubo, corrupção, nepotismo etc. Dificilmente se cogita em algo bom e frutífero. Pois como em quase todos os recantos do Brasil e do mundo os maus políticos fazem por onde mercer tal alcunha e ao mesmo tempo se proliferam, que ficou tão corriqueiro ligar a palavra corrupção à má administração pública. Sendo assim, a classe tod ficou maculada por tamanho deslize moral (quero dizer, imoral) que muitas pessoas só votam por que é uma obrigação e não consideram isto um direito em prol da democracia. Que pena, mas muitas vezes, com razão.
Afinal, manipular o dinheiro público parece que virou sinônimo de ganância, roubo ininterruptos, onde para atingir tais objetivos em pouco tempo, os infratores, "mão leve", os acusados desta maracutaia logo são são tachados de todo "elogio" de baixo calão, devido a discrepância de sua conta bancária, da sua riqueza ilícita repentina não condizente com o seu salário e o que não é nada baixo, diga-se de passagem.
Só que, no meio deste joio político, sempre surge, alhures, ainda bem, um trigo que beneficiará a alguma classe de pessoas ou à sociedade de modo geral. Tudo depende apenas do que foi implantado e aprovado. É uma raridade, mas surge, amiúde, alguém exercendo com dignidade, consciência, responsabilidade um cargo político, onde através de uma gestão voltada para o seu povo, (não para o seu bolso) implanta projetos populares que perduram, ajudando a camada mais carente da população.
Para emoldurar este assunto, cito dois casos que são o protótipo de uma boa administração política:
Primeiro: a distribuição de vários tipos de remédios através dos postos do SUS, AMA e farmácias populares, como Dose Certa etc. Só mesmo quem estiver fadado a tomar algum medicamento por tempo indeterminado é quem mais elogia este tipo de benfeitoria por parte do governo, quer estadual ou municipal.
Segundo: a implantação do bilhete único, que dá direito ao passageiro usar quatro conduções num determinado intervalo, beneficiando-se com o sistema conhecido como integração. Ou seja, paga uma passagem e atravessa a cidade, se precisar, usando ônibus, metrô ou trem. Quer indo para o trabalho ou mesmo numa viagem de lazer, por que não?
Portanto, tais atitudes provam que, quando um bom político quer e é bem assessorado, as boas sementes podem ser plantadas e cultivadas, gerando frutos benéficos, os quais servirão de paradígma para os outros que o sucederem. Só é lamentável é quando muitos não conseguem absorver este bom exemplo, e o que é mais lamentável, quando suplanta tal ideia brilhante que era como o trigo e logo se transformou num joio à revelia da população carente e desprotegida.

Joboscan de Araújo

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