quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

PRIMEIRA NOITE NUMA UTI

Apesar de já ter trabalhado por mais de três anos num renomado hospital de São Paulo, durante este tempo, eu jamais tinha entrado numa UTI nem para fazer alguma visita, a qual também fazia parte da minha função naquele nosocômio.
Mas agora, com a minha saúde debilitada, à minha revelia, fui internado numa unidade de tratamento intensivo, ainda bem que tudo aconteceu dentro de um período rápido e adequado para que a equipe médica tomasse as devidas providências. No momento em que tal fato aconteceu, lembro-me muito bem que, logo que chegamos ao Hospital Nipo-Brasileiro, o atendimento transcorria de modo ágil e dentro da normalidade. Logo no início, ao perceber que me encontrava sozinho naquele ambiente, com vários aparelhos ligados ao meu corpo, concluí que o meu caso era bastante sério e exigia muito cuidado.
Ali deitado, enquanto tentava me conscientizar do presente, o meu pensamento tergiversava, tentando descobrir o que eu tinha feito de errado com relação à minha saúde e pouco a pouco fui encontrando muitas pedras no meu caminho, ou melhor, muitas garrafas litros, copos, salgados gordurosos, no meu tempo de solteiro e de casado também. E concluí: plantei e agora com 53 anos anos estava colhendo frutos não muito deleitáveis. É a lei da vida. E também pensava: aqueles que se diziam "amigos", neste momento jamais imaginariam do meu precário estado de saúde numa UTI. Com isso, não estava tentando culpar nenhum deles. Pois nenhum deles colocou nenhuma gota de bebida na minha boca. Tínhamos sim, uma rotina etílica: Do trbalho para um bar ou lanchonete. Era o nosso roteiro diário, repleto de brincadeiras, gozações e jamais brigas.


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