quarta-feira, 18 de abril de 2012

"DURA LEX, SED LEX" - A LEI É DURA, MAS É LEI

Uma verdade constatada em quase todas as lei que são aprovadas é a seguinte: logo no início, todas as pessoas estranham, principalmente quando são afetadas diretamente. Senão vejamos: As leis que articulam o preço das mercadorias de modo geral, um pouco ali, um pouco ali são sempre comentadas, criticadas, analisadas pelos economistas de plantão, mas ficam sempre na teoria, através do rádio, televisão, jornal e revistas. O consumidor, por sua vez, lamenta, resmunga entre si, mas continuam comprando...vai fazer o quê? E só no final do mês, com a chegada das faturas dos cartões de crédito é que vão perceber o quanto passa a pesar no seu bolso, mas aí não adianta chorar ou reclamar, ficando aquela história: "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!". E sendo assim, quando coisa fica preta, como se diz, começa aquela correria atrás de empréstimos para saldar as dívidas que vão se acumulando, formando uma bola de neve. É sempre assim. Salve-se quem puder. E é aí que mora o perigo.
Mas fugindo um pouco desse assunto de dívida e economia doméstia, o que pretendo mesmo comentar sobre o cumprimento das leis é o seguinte: É verdade que, como frisei no início, logo que uma norma é aprovada e posta em prática, quase todos nós, consumidores, estranhamos. E mesmo contra a vontade, muitas vezes, temos que mudar alguns hábitos e atitudes. Quer um exemplo? Quando há alguns anos, a lei do uso obrigatório do cinto de segurança nos automóveis foi aprovada, muitos motoristas acharam muito difícil se acostumar, chegando até fazer deboches infundados. Só que, com o passar do tempo, as estatísticas provaram que tal precaução fez com que o número de mortes em acidentes de carro diminuisse bastante, tornando uma realidade agora aceitável e coerente. Depois desta, veio a lei proibindo o consumo e a venda de bebidas alcoólicas nas estradas e, principalmente, multando e apreendendo o veículo quando o respectivo condutor for pego dirigindo embriagado. Logo foi criado o slogan: "Se beber, não dirija!". E, concomitantemente, veio a lei proibindo os fumantes nos locais fechados, como bares, lanchonetes, boates etc, ou seja, em recintos fechados. Avisos, placas de advertência foram expostas e propaladas em vários lugares e, aos poucos, os tabagistas foram se dissipando, procurando outro lugar para as suas baforadas maléficas.
Em resumo, pouco a pouco, tais leis vão atingindo o seu objetivo, tentando amenizar, de uma forma ou de outra a saúde, preservando por outro lado, a vida do cidadão de maneira geral. Tudo isto é sempre válido, desde que também o cumprimento das leis não sejam levadas ao pé da letra, quando sempre houver alguém querendo tirar proveito da autoridade e termina até sendo subornado, o que é algo inadmissível, mas que também se prolifera entre as pessoas de mau caráter.


Joboscan de Araújo

0 comentários: