quinta-feira, 5 de março de 2009

AVES, ANIMAIS E RÉPTEIS INVADEM A LÍNGUA PORTUGUESA - IV -

O bom CABRITO não berra!


Reclamar de coisas fúteis e chorar à toa são atitudes próprias de pessoas imaturas, fracas, infantis, as quais não pesam as suas consequências. Do contrário, tais atos seriam bem mais comedidos, isto é, diferentes, controlados. Portanto, quando se diz a alguém: não faça isso, não faça aquilo porque o bom CABRITO não berra, significa um pedido para se controlar e não agir atendendo a um capricho ou vontade súbita e estarrecedora para chamar a atenção de terceiros.


Mais desconfiado do que CACHORRO em dia de mudança!



O dia de uma mudança, principalmente quando for de domicílio é sempre um dia atípico para todos. Pois, mesmo que se procure arrumar os vários apetrechos com cuidado e antecipação, ninguém está livre da correria e na falta de concentração com receio de quebrar algo precioso, principalmente. Portanto, tanta é a desarrumação e bagunça no bom sentido, por sinal, que as pessoas envolvidas de um modo geral ficam emocionalmente instáveis. E, obviamente, em meio a essa movimentação se a família criar algum animal de estimação, principalmente um cachorro, notar-se-á que esse também ficará muito inquieto, agitado e desconfiado numa ocasião assim. Portanto, quando alguém em alguma circunstância, sem mais nem menos muda o temperamento, costuma-se usar esta expressão comparando no bom sentido com esse animal doméstico, dizendo que ela está mais desconfiada do que CACHORRO em dia de mudança, por que não!


Fulano soltou os CACHORROS em sicrano!...


Quando a pessoa se sente passada para trás, isto é, traída, preterida, antes mesmo de discutir com quem fez isso, costuma-se dizer, mediante sua atitude agressiva, que ela soltou os CACHORROS em alguém. Portanto, é uma maneira agressiva e verbal de ofender outra pessoa. Só que, sem dúvida, é um ato intempestivo e perigoso, pois como
muitas vezes nossas atitudes se assemelham a um bumerangue, o retorno praticamente será infalível, mais cedo ou mais tarde. As relações humanas, enfim, não são nada fáceis!



Matar a COBRA e mostrar o pau!



É uma expressão muito comum em todos os níveis de relacionamento humano. Significa, claramente, segundo o Aurélio, afirmar alguma coisa e tentar prová-la, concomitantemente, ou seja, na mesma hora. Tudo isso para que a pessoa que nos ouve não tenha nenhuma dúvida no fato que contamos. Após essa definição nada mais se precisa acrescentar ou precisa?


Ficar (Estar) no mato sem CACHORRO!


Todas as vezes que uma pessoa fica em situação difícil, embaraçosa, ou seja, em apuros, sem contar com nenhuma ajuda nenhum auxílio, costuma-se dizer que ela ficou no mato sem CACHORRO. Pensando bem, faz muito sentido tal expressão e jamais ela é usada no feminino, ou seja, dizer assim: ficou no mato sem CACHORRA! Será que até no reino animal há descriminação? Só o CACHORRO é amigo do homem, só o CACHORRO serve para caçar! Etc.



João Bosco de Andrade Araújo

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