domingo, 24 de julho de 2011

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

CATEQUIZAR


É preciso tomar cuidado com "catequizar", que se escreve com "z", apesar de "catequese" se escrever com "s", e com "batizar", que não aproveita o "s" de "batismo". De resto, se houver o acréscimo de "-izar", grafe com "z"; se houver o acréscimo da terminação "ar" a vocábulo que já se escreva com "s", grafe com "s". Veja alguns exemplos: "canal"/canalizar", "improviso/improvisar", "rival/rivalizar", "economia/economizar", "atraso/atrasar", "liso/alisar", "humano/humanizar", "aviso/avisar" etc.


CATETER


Remar contra a maré é sempre muito complicado. Não há médico nem paciente que digam "catetér", com força na última sílaba. Todos dizem mesmo "catéter", com força na sílaba do meio9te). Mas a palavra é oxítona.. A sílaba tônica é mesmo a última. Então vá à luta e diga "catetér", se tiver coragem.


CAVALEIRO


Um leitor disse que num determinado porgrama de televisão é empregada a palavra "cavaleira", como feminino de "cavaleiro". "Acredito que o programa esteja ensinando errado", disse o leitor. De fato as gramáticas costumam trazer "amazona" como feminino de "cavaleiro", mas é bom saber que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, registra a forma "cavaleira", empregada no referido programa. Não há erro, pois; só um pouco de estranheza, já que "amazona" é vocábulo muito mais conhecido.


CENTAVO


No rádio e na televisão, muitos locutores informam o preço do barril de petróleo nomercado internacional com a palavra "cants" ("vinte e quatro dólares e quinze cents", por exemplo). Se dizem "dólares" (e não "dollars", em inglês), por que dizem "cents"? Sabe Deus. O fato é que deveriam dizer "centavos", palavra portuguesa que designa uma das cem unidades em que se divide a unidade monetária de muitos países. Em Portugal, é mais comum o emprego de cêntimo, forma adotada por lá para nomear a centésima parte do euro.


CERCA


Não é raro encontrarmos na imprensa construções como esta: "Estavam na conferência cerca de 342 pessoas". Pura bobagem! A expressão "cerca de" indica ideia de arredondamento;portanto, não combina com número tão preciso. Faz sentido dizer "Cerca de 300 (ou qualquer número redondo) pessoas estavam na conferência". Quando se sabe o número exato, dispensa-se o "cerca de".

Comentário dos Professor Pasquale Cipro Neto

Dicionário da Língua Portuguesa

Editor Gold Ltda

0 comentários: