quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA -

HOSPITAL VASCO DA GAMA
(A minha primeira internação)


Talvez, devido o horário que ali chegamos - quase meia-noite - o ambiente estava tranquilo. O silêncio se tornou mais profundo quando me colocaram numa sala, agurdando o médico de plantão vir me atender. Enquanto isso, a minha esposa assinava mais uma vez uma papelada referente à minha internação.
Apesar daquela anemia que tomava conta do meu corpo magro, eu estava bem consciente de tudo ou quase tudo que acontecia ao meu redor. Como, por exemplo, sussurros ou murmúrios de frases que vinham de uma sala contígua à que eu estava. Eis que, após meia hora, surgiu um médico novo, tentando disfarçar o cabelo em desalinho, inclusive, ainda abotoava a camisa e logo em seguida uma jovem e bonita enfermeira também saiu da mesma sala e pelo sorriso faceiro, a minha suspeita se confirmou. Aquele casal parecia em estado de graça, ou seja, pareceia saciado, feliz. Após fazer poucas perguntas e ler o papel de encaminhamento, aquele médico falou algo para a sua enfermeira, e logo em seguida ela veio me aplicar um soro e depois os dois sumiram novamente. Seria o repeteco ou a continuação de um ato inacabado? Cala-te boca!
O ambiente era bem limpo e tudo estava muito tranquilo. A minha esposa, a pedido da enfermeira, poderia aguardar numa sala próxima dali. Achamo-lo estranho, mas não o questionamos. Não demorou muito, outro paciente foi deixado ali na mesma sala e ficou gemendo, aguardando a boa vontade do mesmo médico e enfermeira. Enquanto eles atendiam o recém-chegado, fui levado para um quarto, onde deveria ficar internado, recebendo atendimento de outro médico. Aqui, a rotina hospitalar começou realmente funcionar com direito a refeições leves e seguidos examos e aplicações de medicamentos, inclusive, outras transfusões de sangue.

(Na próxima postagem: A rotina de uma enfermaria de hosptial

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