quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA -

UM COMPANHEIRO DE ENFERMARIA


Conforme mencionei no início, a doença detectada por Dra. Heloísa, cardiologista, após analisar o resultado do hemograma que foi feito em mim, era uma anemia crônica que, segundo a médica, consistia num estado mórbido caracterizado por uma diminuição drástica da quantidade de hemoglobina do sangue. E como sabemos, por hemoglobina entende-se o pigmento contido nos glóbulos vermelhos do sangue e que transporta o oxigênio atmosférico às células ou a sua fixação.
Após duas transfusões de sangue, eu já me sentia bem melhor e mais disposto. Até o paladar, paulatinamente, voltou ao normal, consequetemente, o meu apetite também. Então, o início de toda conversa entre dois pacientes que logo se conhecem num quarto de enfermaria, obviamente, é sobre a doença de cada um. A do outro colega de enfermaria era uma enfermidade relalcionada ao coração. Além disso, ele estava proibido de se levantar até para ir ao banheiro, devido a uma constante tontura, tremores e possíveis desmaios etc.
Na manhã do segundo dia estávamos conversando normalmente sobre as nossas doenças, após o café da manhã. Eis que de repente, o sr. Leonel cismou em ir ao banheiro. Logo tentei lembrá-lo das ordens médicas, proibindo-o de se locomover. Mas antes de conseguir descer do leito, pediu-me o favor de chamar alguém urgente. Acionei imediatamente a campainha ou alarme. Não demorou muito, entrou uma enfermeira que, ao perceber que aquele paciente estava exangue e desmaiando, solicitou-me que chamasse o médico urgente. Este logo aplicou-lhe uma injeção que amenizou um pouco aquele estado de saúde daquele senhor. Pelo menos, ele ficou logo consciente, mas com o olhar assustado.
Uma transferência para outro hospital foi logo providenciada. Fiquei novamente sozinho. Mas foi por pouco tempo. Logo à noite, chegou outro paciente e ocupou aquele leito. E assim sucessivamente. Ou seja, num hospital a permanência é sempre efêmera. A melhor palavra que uma pessoa gosta de ouvir quando está internado e: alta. É aquele dia muito especial em que um doente volta ao aconchego familiar. Trata-se de uma alegria incontida. Pois o atendimento hospitalar pode ser o melhor e mais eficiente possível, porém nada se compara ao nosso lar, por mais humilde que seja.

(Próxima postagem: a minha primeira alta)

0 comentários: