quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

MINHA SEGUNDA ALTA HOSPITALAR



Após 17 dias internado nesse Hospital Vasco da Gama, só fazendo exames de todos os tipos, levando agulhadas, ingerindo sopas insossas, jamais pretendo aqui cuspir no prato em que comi, pelo o contrário, gostaria sim de ser muito grato a todos que me atenderam e me serviram, desde a funcionária que fez a primeira consulta dos meus dados através do meu convênio médico até aquelas pessoas que não cheguei a conhecer, mas seus serviços chegaram a mim, indiretamente. Para quem fica mais do que cinco dias internado, a monotonia do ambiente hospitalar já causa algum melancolia que até as gentilezas diárias daqueles funcionários de tão repetitivas, se transformam em atitudes frias, automáticas, sei lá. É isso mesmo. Acontece onde o convívio humano acontece envolvendo sempre as mesmas pessoas, como por exemplo, escola, trabalho, prisão e, evidentemente, hospital etc.
Então conforme o Dr. Maurício havia me prometido no dia anterior, após tomar conhecimento que eu tinha um outro convênio, neste dia 27 de março de 2003 ele assinou a minha alta hospitalar. Nesta última visita ele ratificou da dificuldade que estava tendo para descobrir a causa daquela anemia crônica e também, devido os trâmites burocráticos daquele ambiente, que estava dificultando a minha transferência para a realização do exame da medula em outro hospital, mesmo assim, ele me receitou alguns medicamentos, aconselhando-me que, se precisasse procurar outro médico que utilizasse um convênio melhor. E ele sabia que eu o tinha. Porém, se quisesse ali retornar ele estaria à disposição para dar continuidade ao tratamento. Desejando-me boa sorte.
Saímos do Vasco da Gama às 16.50 hs. Era um final de tarde muito lindo. O tempo estava abafado. No carro que a minha vizinha veio me buscar íamos conversando amenidades. Apesar da motorista não ter muita prática ao volante, entre um susto e outro, chegamos em casa são e salvo, graças a Deus. Pensando bem, após 17 dias internado, eu já estava com muita saudade do convívio familiar. Contudo, senti uma nítida diferença com a outra vez que estive internado no mesmo hospital. Naquela ocasião, lembro-me, cheguei em casa bem mais disposto, muito embora tenha ficado ali só cinco dias e não fui submetido a nenhuma bateria de exames. Em compensação recebi mais transfusão de sangue. Portanto, o meu apetite, naquela oportunidade, voltara ao normal. Logo que cheguei saboreei uma apetitosa macorronada com frango. Bem diferente desta última vez que tomei uma sopa quase igual àquela que era servida no hospita Vasco da Gama. Mas o problema não foi a mão que a preparou, pelo o contrário. A minha esposa tentou, sugestionou preparar outra comida, mas rejeitei incisavamente. Ela pressentiu que isto não era um bom sinal. E tinha toda a razão. Sem um bom apetite era um triste prenúncio de que algo pior estava por vir.


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