quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

RECAÍDA PERIGOSA



Depois que cheguei do Hospital Vasco da Gama, pensei que a minha saúde voltaria ao normal. Grande equívoco. Pra começo de assunto. Parecia que nada tinha sentido. Não tinha coragem e muito menos disposição para sair do quarto, quanto mais do apartamento para ir até à minha banca de jornal. Até a minha leitura predileta estava sendo postergada à minha revelia. Uma abulia incontida e sem graça invadia o meu ser debilitado. A minha esposa e dois filhos pequenos já demonstravam muita preocupação. Eu só ficava da sala para o quarto e banheiro com passos trôpegos, embora não reclamasse de quase nada.
No início de abril de 2003 fiquei acamado de vez. A minha esposa já procurava um outro hospital para me internar e dar continuidade ao tratamento daquela anemia que não tinha fim. Aí começou a minha teimosia. Não queria mais ser internado. Achava que após tomar aqueles remédios que tinha comprado eu fosse melhor, paulatinamente. Só que eles não faziam efeito algum. De sopinha em sopinha se o meu corpo já era franzinho, agora além de debilitado, a doença parecia tomar de conta do mesmo. Precisava fazer alguma coisa rapidamente. Então, vendo que não estava aguentando tanto sufoco sozinha, pois além de cuidar da banca de jornal, dos meus filhos e de mim, a minha intrépida esposa resolveu pedir ajuda a uma vizinha bastante prestativa, Maria das Graças, por este tempo, era a síndica do prédio, a qual foi de uma importância fundamental para a minha nova internação. Com bastante conhecimento, ela se prontificou, com a ajuda de outros vizinhos, a nos ajudar. E exatamente, no dia 3 de abril, ao completar uma semana que havia recebido alta do Vasco da Gama, fui levado a outro hospital, desta vez o Nipo-Brasileiro. Aqui a história foi totalmente diferente.

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