sábado, 18 de abril de 2009

ANIMAIS, AVES E RÉPTEIS INVADEM A LÍNGUA PORTUGUESA - XI

Fulano de tal fala mais do que o homem da COBRA

Saber conversar, expressando muito bem as palavras que se pretende dizer pode ser um dom, mas falar muito e aleatoriamente, só pelo simples fato de não saber ficar calado, já passa a ser uma coisa enfadonha, chata. Não há nenhuma virtude nisso. Essa se baseia na arte de conversar, falar, esperar. Então quando alguém fala demasiadamente, isto é, fora do normal coisas sem sentido, costuma-se dizer que fala mais do que o homem da COBRA. Expressão essa usada geralmente no interior das grandes cidades.


Matar CACHORRO a grito!

Quando se diz que se está matando CACHORRO a grito é que se encontra numa situação aflita e desesperadora. Ninguém está isento de algo assim. Mas tal expressão geralmente é usada no sentido financeiro. Portanto, material, apenas. Noutras circunstâncias, costuma-se dizer que tal pessoa está num dilema.


Fulano de tal lavou a ÉGUA!

Em se tratando de um jogo, principalmente naqueles considerados de azar, diga-se de passagem, uma contravenção, diz-se quando um apostador ganhou uma grande soma em dinheiro. Expressão essa também usada quando um time conseguiu uma vitória por uma contagem expressiva.


De grão em grão a GALINHA enche o papo!


Esse adágio popular sintetiza a capacidade que uma pessoa tem de persistir pacientemente com pequenos atos até formar algo de valor. Ou seja, pouco a pouco, fazendo algo repetitivo, aparentemente simples, quando menos espera, consegue um bom negócio, algo construtivo, útil e importante.


Fulano dorme mais do que GATO de hotel!


Para aquela pessoa que dorme com facilidade, isto é, bastante, costuma-se compará-la, no bom sentido, com um GATO de hotel. Pois, pelo que se sabe, esse animal doméstico, principalmente quando seu habitat é o recinto de algum hotel, só vive deitado em algum cantinho, dormindo tranquilamente. Com a mesma facilidade que acorda, por qualquer barulho, quando menos se espera, lá está ele dormindo novamente! É simplesmente impressionante.

João Bosco de Andrade Araújo

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