domingo, 12 de abril de 2009

CONFESSO QUE EU LI - XV

O insigne escritor baiano JORGE AMADO, ícone da nossa literatura, dispensa qualquer comentário ou apresentação, diga-se de passagem. A sua vasta e consagradora obra literária, traduzida para vários idiomas estampa o nosso orgulho com relação à sua pessoa, que por sinal, faz parte da outra dimensão, a celestial, juntamente com a sua cônjuge também muito influente e importante no campo editorial, com vários livros publicados.
Entre vários livros bons e importantes que também foram transformados em filme e até novela, escolhi CAPITÃES DA AREIA por abordar um tema sempre atual que é o menor abandonado, narrando os crimes praticados por moleques de idade precoce, os quais deveriam estar na escola ou praticando algum esporte ou aprendendo alguma profissão. No entanto, infelizmente, devido ao desprezo dado à sua educação por pais com poucos sentimentos cristãos, muitas crianças se entregam a uma vida totalmente criminosa. No caso do romance ora em questão, Capitães da Areia porque o cais era denominado o quartel-general daqueles pivetes meliantes. O seu líder, um adolescente e perigoso de 14 anos, conhecido como PEDRO BALA é o mais terrível de todos. Apesar da idade, todos os demais o obedecem e juntos aprontam arruaças, roubos crimes, que eram estampados quase diariamente nos jornais daquela época. Mas como a lei em nosso país desconhece qualquer punição mais drástica para crimes praticados por pessoas dessa idade, continuavam detidos, temporariamente e logo em seguida estavam na praça aprontando tudo novamente.
Portanto, CAPITÃES DA AREIA, assim como os demais livros do egrégio Jorge Amado, prende a atenção do leitor da primeira à última página. Nada de água com açúcar. BALA é o sobrenome do chefinho do romance. Precisa dizer mais alguma coisa?


João Bosco de Andrade Araújo

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