domingo, 8 de fevereiro de 2009

ANIMAIS, AVES E RÉPTEIS INVADEM A LINGUA PORTUGUESA - VI.

“CAVALO dado não se olha os dentes!”

Esse adágio popular se refere à situação em que uma pessoa não deve fazer muita exigência, nem muito pior reclamar de algo que ganhou, recebeu gratuitamente, ou seja, como presente. Quer dizer: se o objeto, por coincidência não foi de pleno agrado, feliz ou infelizmente, a pessoa tem que se conformar disfarçar um pouco e depois resolve o que fazer com ele. Não resta dúvida, é uma situação atípica e delicada.


“CACHORRO que late não morde”.



O significado desse provérbio popular sintetiza uma verdade que muitas pessoas insistem em não acatar, entender: a coerência do agir. Ou seja, quem só fala por falar, que é algo muito fácil de fazer, com exceção dos deficientes da fala, esquece-se de agir com determinação e objetivo. Quem tem uma grande vontade, um desejo de fazer algo, não precisa expor isso para ninguém; simplesmente faz, age, assim como o cachorro que é valente, metido a selvagem mesmo: simplesmente ataca e morde sem precisar ficar latindo para assustar a vítima.


“Matar dois COELHOS com uma cajadada!”.


Esse tipo de atitude significa quando se obtém dois resultados simultaneamente com numa só tacada, isto é, com um só trabalho ou esforço, segundo dicionário Aurélio. Isso serve, obviamente, tanto para o homem como para a mulher. Qualquer pessoa pode em sã consciência tomar uma atitude assim, não importando com as consequências. Pois o que importa é a oportunidade. Essa tal como uma flecha atirada, não volta atrás. Portanto, temos que aproveitá-la no momento e na hora em que surgir.



“COBRA que não rasteja não engole sapos!”.


Esse adágio popular é a síntese do comodismo ou preguiça. Se esperar que tudo caísse do céu para saciar suas necessidades primárias, mais comuns, é uma atitude cômoda, para não dizer suicida. Portanto, para conseguirmos realizar nossos objetivos, saciar nossas vontades tem que sair da redoma (comodismo) e ir à luta. Pois assim como a cobra que não rasteja em busca de alimentos (nesse caso, sapos) pode morrer de inanição, qualquer pessoa pode se sentir frustrada e ficar insatisfeita mediante as suas atitudes ativas ou passivas.


João Bosco de Andrade Araújo

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