quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

CONFESSO QUE EU LI - VIII -

Livro: OS SERTÕES


Autor: EUCLIDES DA CUNHA




Para o mundo da literatura brasileira nada mais excelente a ideia da ABL (Academia Brasileira de Letras) baixar decreto instituindo 2009 o ANO EUCLIDES DA CUNHA em razão do centenário da morte do grande escritor e também engenheiro, pensador, historiador, geógrafo, sociólogo, ecologista, repórter, poeta, precisa mais algum título? Pois o que é notório e até engraçado é que quando se fala o seu nome logo surge uma grande conotação com o seu mais famoso e volumoso OS SERTÕES. Sem dúvida, uma obra de leitura nada fácil, principalmente para os iniciantes. Recomenda-se até que se leia esta obra com um dicionário ao alcance das mãos. Mas que o leitor não se amedronte, não se apavore, não se preocupe tanto. Apesar de a história ser instigante, densa, pode-se chegar ao seu epílogo com tranquilidade.


Euclides da Cunha, então repórter do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO foi escalado para fazer a cobertura jornalística sobre o movimento messiânico de Antônio Conselheiro, ironicamente, cujo tema ele mesmo se rebelaram em artigos anteriores pelo mesmo meio de comunicação. É aquela história: “cuspiu para cima... cai na cara!”. E justamente ele, após testemunhar tanta chacina, horrorizado, evidentemente não teve nenhuma dificuldade para registrá-la na sua brilhante reportagem que logo se transformou numa obra inigualável da literatura universal e principalmente brasileira.


Logo depois o insigne escritor foi assassinado pelo amante (Dilermando) da sua mulher, Anna, em situações trágicas, após a descoberta flagrante de adultério. Os detalhes da causa e consequência foram registrados naturalmente naquela época, mas o tempo se encarregou de tirar tudo isso de foco, perpetuando o sucesso de OS SERTÕES para honra e riqueza da nossa literatura.


Bom proveito!


João Bosco de Andrade Araújo

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