sábado, 21 de fevereiro de 2009

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS - XVII

“MEU PIOR INIMIGO”

Essa é muito boa! Existe cada expressão na língua portuguesa! Por acaso existe MELHOR INIMIGO? Ora, as pessoas, muitas vezes, usam a frase “não desejo meu PIOR INIMIGO pra ninguém!”, sem a mínima noção de que ela traz um grande paradoxo. Pois, o que é um inimigo? Simplesmente alguém que nos fez, faz ou fará algum mal, uma calúnia etc. De uma pessoa dotada de um péssimo caráter assim só queremos distância. Então, pergunta-se: alguém com essa índole pode ser uma boa pessoa? Logo, se é inimigo, não é necessário tachá-lo de pior, como se, obviamente houvesse um melhor inimigo. Já como o contrário desse conceito, ou seja, amigo, aí sim poderemos qualificá-lo como melhor amigo. Pois, posso ter vários, em compensação alguém pode sobressair dessa seleção, por exemplo, por ser mais confiável, sincero e tudo o mais. Com todas as pessoas há sempre alguém assim e ao contrário, infelizmente. O importante é saber escolher as boas companhias e mantê-las. Desgastou? Dar-se um tempo necessário, por que não?




“TAL PROGRAMA DE TELEVISÃO É UMA GRANDE BESTEIRA!”



Ora, uma pessoa que usa um desabafo desses em forma de crítica, no mínimo, para denominar determinado programa de vazio, bobo, ela, evidentemente teve que assistí-lo totalmente, mesmo contra a sua vontade, mas que perdeu uma hora ou mais, não resta a menor dúvida. Logo ela passou por boba de livre e espontânea vontade ou por ossos do ofício, no caso de exercer a função de crítico de programas de televisão. E se a moda pega, não existirá outro meio de fazer uma crítica de referido programa a não ser se arriscando a assistí-lo, pelo menos uma vez, para ter uma noção do mesmo. Se persistir é porque estará gostando do mesmo ou se divertindo e aprendendo algo! Então, ele já não poderá ser considerado tão chato ou vazio assim. Pensando bem, é a maneira de criticar que extrapola as opiniões. Afinal, dificilmente haverá um programa 100% agradável a todo o público. Isso é praticamente impossível.



João Bosco de Andrade Araújo

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