segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA -

SEGUNDA INTERNAÇÃO

(Dia 10 de março de 2003 - 11 horas)


Lembro-me muito bem que era uma segunda-feira ensolarada e linda, por sinal. Mas para mim nada disso adiantava muita coisa. Não demonstrava prazer em nada. Como ainda estivesse com o corpo muito debilitado e a mente desligada das coisas boas, esforçava-me o máximo para aguentar aquela longa espera para passar no médico. A minha esposa, como sempre, estava ansiosa, nervosa, impaciente e com maus pressentimentos de que eu seria internado pela segunda vez e então não saía do meu lado para nada.
Após três horas fui chamado para a consulta. Logo que olhei o médico já perdia confiança. Explico: era tão novo que mais parecia um residente, um estudante de medicina no último ano, aparentando apenas 23 anos. Inclusive, enquanto me consultava, olhava mais para as enfermeiras que entravam e saíam da sala, as quais sempre jogavam alguma indireta, mais parecendo uma paquera em pleno local e horário de trabalho. Percbi facilmente que alguma delas falava a palavra "licença" só para disfarçar e uma palavrinha e gesto mais aconchegantes, entre sorrisos maliciosos saíam dando risada.
E eu com isto? Da minha parte, como paciente já impaciente, não poderia censurar, reclamar nada, pois apesar de tais insinuações, aquele médico não demonstrou, por nenhum momento, menosprezo, indelicadeza quanto ao meu atendimento. Isto posso garantir que não houve e se tivesse acontecido, sinto muito, seria o cúmulo.
O médico em questão que estava me examinando, após fazer as perguntas de praxe, pediu-me os exames anteriores, como se estivesse com alguma dúvida e com razão. E se a tinha, a mesma foi dissipada, pois logo já me encaminhou para fazer um hemograma completo.


(Próxima postagem: COLETA DE SANGUE DIFÍCIL)

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