quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

6º EXAME: TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA



Quando eu pensava que a bateria de exames tinha chegado ao epílogo, eis que o Dr. Maurício anunciou mais um. Desta vez seria uma TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA. Achei o nome até bonito, mas nada sabia sobre o mesmo. Mas, como sempre, nem o próprio médico me explicou qual a finalidade do tal exame e nem como seria e eu muito menos lhe perguntei. Fiquei só na expectativa como os outros que eu fui submetido. Apenas deixou bem claro que era para fazê-lo em jejum total. No mesmo instante, lembrei-me daquele outro ridículo que ficou pela metade, o famigerado COLONOSCOPIA.
E no dia seguinte, fiquei só agurdando o (a) enfermeiro (a) vir me buscar para a realização deste exame. E à proporção que o tempo ia passando e eu faminto e sedento não perdia a chance de reclamar para quem adentrasse naquela enfermaria. Ora bolas, se era para fazê-lo em jejum por que não seria igual ao exame de sangue, que sempre é feito bem cedo?
Infelizmente, até às 16 horas, na hora da visita, nada de ninguém tomar uma providência. Até que a minha esposa chegou e foi reclamar acintosamente. Por fim, depois disto, às 17 horas veio alguém me buscar.
Fiquei deitado num local em forma de tubo. Mais parecia um túnel. E quando soava um pequeno alarme, fui alertado para prender a respiração até acender uma luz bem próxima dos meus olhos. E assim sucessivamente. Neste acende e apaga o processo demorou mais ou menos meia hora.
No dia seguinte, na hora da visita médica, aguardei com ansiedade o Dr. Maurício. Lembro-me muito bem que era uma sexta-feira. Ele teria que tomar uma atitude mais objetiva com relação ao meu tratamento. Pois se após tantos exames: (ENDOSCOPIA, RAIXO X, EXAME DA MEDULA, TOMOGRAFIA etc) ele e sua equipe não chegaram a nenhuma definição sobre aquela anemia crônica que me abateu, então que tomasse logo uma resolução conclusiva, então me desse alta ou me transferisse para outro hospital onde houvesse especialista para aquele caso.
Cheguei a me queixar que estava me sentindo como um cobaia ou algo parecido, o que ele discordou e não gostou dessa comparação que a chamou de inconsequente e sem lógica. Afinal, eles ali não estavam brincando ou estudando, mas trabalhando sério. Foi quando expliquei que eu tinha outro convênio médico. Quando ele soube qual era, ficou estarrecido e dissipando a sua admiração apens me falou:
-Amanhã o senhor terá uma boa surpresa, seu João.
Nesta última noite naquele hospital posso garantir que dormi bem mais tranquilo.

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