domingo, 11 de dezembro de 2011

BEBÊ DE ALUGUEL

É muito importante, neste caso, não confundir "bebê de alugel" com "bbê a bordo" ou até "bebê de proveta". Cada uma destas expressões tem sentidos diferentes. No entanto, abordarei apenas o primeiro título. Por sinal, algo que chega a ser até abominável, por se tratar de uma atitude ilícita praticada por alguma pessoa inescrupulosa e sem consciência.
Estou me referindo àquela pessoa desprovida de senso de ridículo, de consciência e de caráter que abusa das outras, usando crianças e bebês como artifícios, subterfúgios para ganhar alguns trocados de maneira fácil, abusando da maledicência, do engodo e da falsidade. E como age uma pessoa assim? Primeiramente, pedindo esmola a quem passar na sua frente ou então usando outros meios, como por exemplo, naqueles dias de loteria acumulada, quando nas casas lotéricas as filas são quilométricas. Então ela usa um sobrinho ou filho de parente, coloca-o nos seus braços e combina com alguém interessado no fim da fila, oferecendo-se fazer o seu jogo, indo lá na frente, no caixa preferencial. É óbvio, que logo que é atendida, disfarça um pouco, mas depois estará de volta e recomeça a aplicar o golpe. Como nestas ocasiões há sempre alguém com pouco tempo disponível e que também não gosta de ficar em fila, logo aceita, acompanhando tal pessoa à distância. E assim, sucessivamente. Por outro lado, há outro tipo que faz é entregar a criança, literalmente, ao apostador, para que ele próprio execute a trapaça. Logo depois ele devolve a criança e o engodo recomeça.
Tal trapaça só chegará a ser desmascarada se alguém que estiver na fila, sentindo-se lesadas, passada para trás, ao perceber tal maracutais, denunciar no mesmo instante ao dono da lotério ou outro estabelecimento comercial. Pois se deixar a critério do (a) funcionário (a) do guichê, dificilmente ele (a) descobrirá. A sua atenção se restringe, exclusivamente ao seu serviço, que por sua vez, exige bastante atenção, como qualquer atividade, principalmente quando envolve dinheiro e dos outros ainda mais...


João Bosco de Andrade Araújo

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