quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O DILEMA DE DEIVID E A SUA CNH

Pra começo de assunto, Deivid é um rapaz trabalhador, responsável, sem vícios, casado e brevemente será papai. Ele e o meu filho da mesma idade, 24 anos, trabalharam há alguns anos num supermercado aqui na Cidade Tiradentes - São Paulo. Após deixarem esse emprego, não perderam o contato e até hoje continuam sendo grande amigos. De vez em quando um vai na casa do outro, sem falar nas inúmeras permutas de mensagens eletrônicas. E foi graças a esta amizade que acompanhamos o dilema que este rapaz passou para conseguir sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação). E toda a celeuma ocorreu à sua revelia, ou seja, ele sempre procurou agir da melhor maneira possível, fazendo o pré-cadastro, o psicotécnico, exame médico, fazendo o CFC (Curso de Formação de Condutores) etc, etc.
O primeiro obstáculo começou após a prova teórica no DETRAN, quando já partia para a terceira etapa, ou seja, as aulas práticas. A autoescola, onde estava matriculado, encontrava dificuldade de marcar suas aulas, alegando um problema com o seu nome, junto ao DETRAN. Só que nenhuma das partes deixava claro qual era o tal problema. O tempo foi passando e nada. Até que, após perder a paciência, o Deivid ameaçou, alegando que iria procurar os seus direitos junto ao Procon. Finalmente, as suas aulas práticas foram liberadas e agendadas.
Como neste ínterim o Deivid já tinha conseguido comprar um carro e portanto já o dirigia, sendo assim, quanto as aulas práticas ele não encontou nenhuma dificuldade ou apreensão. Terminada esta etapa, foi automaticamente para a prova final prática, a mais temida. Mas como ele já soubesse dirigir, achava que lograria êxito logo na primeira tentativa. Mas, não foi o que aconteceu. Teve outra decepção e frustração. O Detran e a autoescola não estavam falando o mesmo idioma. Novo transtorno com o nome do Deivid. E o agendamento da prova prática ficava sempre postergado. Com isso, o casal resolveu jogar pesado e ameaçou mais uma vez a autoescola, que segundo a mesma, o problema não era com ela e sim com o Detran. Por fim, após muitas tentativas frustradas a tal prova foi marcada.
E foi aqui que aconteceu o que ele jamais esperava. Apesar de já ter prática ao volante, no dia da tal prova, por um pequeno descuido, não foi aprovado. Para recuperar o tempo perdido e acabar de vez com aquele imbróglio, o que ele fez? Simplesmente pagou uma taxa, que eles chamam de "quebra" e após 15 dias já estava com a licença para dirigir na mão.
Durma com um barulho deste!


João Bosco de Andrade Araújo

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