quinta-feira, 8 de março de 2012

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

No domingo - 05 de abril de 2003 - despertei bem mais disposto. Só estava um pouco macambúzio quando me percebi que ainda estava preso a um leito de hospital, não imobilizado ou impossibilidato de andrar, graças a Deus. Mas neste dia, na hora da visita médica, recebi uma boa notícia. Ele já me adiantou que ia só esperar o resultado de mais alguns exames e conforme o resultado eu receberia alta da UTI, não para ir direto para minha residência, mas para ser transferido para um quarto de enfermaria e dar continuidade ao tratamento da anemia que, aos poucos, graças aos medicamentos, ia me deixando e restabelecendo a minha saúde, embora o meu corpo continuasse debilitado e "picado", diga-se de passagem.
Um pouco antes do horário da visita dos familiares, um enfermeiro se aproximou com algumas roupas do hospital e foi logo dizendo com um sorriso característico de boas notícias:
-"Vamos lá, seu João, tirar essa fralda ridícula de "criança grnde" e voltar a ser adulto!"
Isso era o prenúncio que minha alta da UTI estava confirmada. Quando logo em seguida uma médica da equipe que me atendia veio conversar comigo sobre a minha situação, fiquei muito atento e apreensivo suas recomendações. Tudo bem que ainda não estivesse liberado para a minha casa. Mas só em sair da CTI onde não tinha muita liberdade e estivesse 24 horas sob vigilância num bom sentido, já era uma grande vitória, um grande alívio e conforto para qualquer paciente numa situação igual a minha. A mesma médica aproveitou para dar algumas coordenadas sobre como eu seria medicado, tratado na enfermaria, prometendo me visitar sempre que possível. E assim foi feito. Admoestou também sobre como me comportar no novo setor,principalmente quando fosse utilizar o banheiro, pois seria necessário convocar a presença de alguma pessoa até segunda ordem. Pois com a minha saúde ainda bem fragilizada, nestes casos, sempre é melhor prevenir que remediar, aliás como tudo na vida.


Próxima postagem: Na Enfermaria e o companheiro de quarto.

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