sábado, 10 de janeiro de 2009

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS - XIV

De vez em quando se costuma ouvir alguém falar uma frase mais ou menos assim:
- “Estou trabalhando muito porque estou juntando dinheiro para construir uma CASA NOVA para a minha filha que vai se casar....” Que a filha vai se casar, tudo bem, felicidades e tudo bem! Agora, construir uma CASA NOVA? “Aí já é maltratar muito a nossa querida língua portuguesa - Última flor do Lácio - inculta e bela” - como bem escreveu o egrégio Olavo Bilac. Pois, alguém poderá em sã consciência construir uma CASA VELHA?? Ora se existe uma casa VELHA, o máximo que se pode fazer é implodi-la, desmoroná-la, derrubá-la, etc. Construir, não tem a mínima condição. Mas toda essa celeuma é gerada pela colocação inadequada da palavra NOVA. Observa-se que se a usamos antes de CASA, muda totalmente o sentido da frase, ficando assim: “... juntando dinheiro para construir uma NOVA CASA para a minha família. Significando, por conseguinte, que construirei mais uma propriedade, aumentando o patrimônio..... O que é sempre muito bom...

SONHAR UM SONHO!....

“Ontem à noite eu sonhei um SONHO tão lindo que eu não gostaria de acordar tão cedo!!!”
Responda rápido: alguém é capaz de sonhar algo que não seja considerado um sonho??? Mais uma vez, por descuido ou outra palavra mais séria, as pessoas que se expressam , esquecem ou desconhecem totalmente a existência do verbo TER. Pois, usando-o, neste caso, não haveria nenhuma polêmica e a expressão usada não ficaria assim tão ridícula. Pois ficaria assim: “ontem eu tive um lindo sonho etc.”

PERUA ESCOLAR....

Por que dizer “a perua escolar pegou meu filho bem na frente de casa, quando se pode usar o bom senso e disser: “o meu filho pegou a perua escolar em frente de casa”?. No primeiro caso, entende-se nitidamente que aconteceu um acidente, do modo como está a colocação da frase, não resta a menor dúvida. É o tal negócio: a língua portuguesa já é repleta de regras, sinônimos e muitas outras coisas, e tem muita gente que ainda faz de tudo para complicar, aí então fica tudo mais difícil...

ALTA E BAIXA

Quando o recruta se torna um insubordinado, o sargento, ou seja, o seu superior imediato, após algumas tentativas de recuperação moral, deixando-o de castigo, no último caso, resolve dispensá-lo, o que corresponde a dar BAIXA no quartel, isto é, foi dispensando, foi embora cuidar da sua vida de outra maneira lá fora. O mesmo acontece com algum aluno de um colégio interno. Se acontecer algo semelhante, o mesmo será desligado e o Diretor dará BAIXA na sua matrícula. Agora, algum pode explicar, por exemplo, num Hospital, o médico tratou de uma pessoa durante certo tempo internada ali. Mas logo que o seu estado de saúde volta ao normal, o que acontece? Ele libera o (a) paciente, lógico. Ou seja, alguém foi afastado do convívio dos demais. São os paradoxos que acontecem e poucos percebem!

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