Logo pela partida dava para perceber que aquele motorista estava realmente muito nervoso. Comentou algo com o colega cobrador, em seguida ligou o motor e o rádio do carro, simultaneamente. O volume do rádio, diga-se de passagem, bastante alto para o ambiente. A música, por sinal, não colaborava. Parece que só agradava ao dito cujo, mesmo assim, nenhum passageiro teve a coragem de fazer alguma reclamação. Mesmo percebendo que aquilo não seria nada normal, deixava rolar. Parecia que alguns até gostavam. Eu, particularmente, estava detestando aquela situação, uma vez que não tinha a mínima condição de me concentrar na minha leitura diária e favorita. A princípio pensei que alguém que estivesse mais próximo dele ou do cobrador fosse reclamar. Ledo engano. Esqueci que ali só havia brasileiros. Portanto, se surgisse alguma queixa seria paralelamente, ou seja, de um para o outro. Pois, só chiamos coisas erradas, principalmente no âmbito político, administrativo com algum vizinho ou colegas de trabalho, de escola etc. Isto é, só gera insatisfação unilateral, sem nenhum objetivo.
Voltando ao som, quero dizer, ao barulho que rolava alto no interior daquele coletivo, continuava irritando qualquer pessoa. Só para se ter uma ideia. O som estava tão alto que quando chegava aos pontos, apesar do cobrador gritar, anunciado o itinerário, nenhuma pessoa que estava parecia entender o que ele dizia, devido aquele inoportuno “heave metal”. Da minha parte, como havia escutado durante período do meu trabalho noturno vários CD’s daquele estilo musical e de outros, só suportei aquele ato de ignorância, estupidez daquele motorista porque detesto discussão. Agora, quanto as outras pessoas!...Bem, os outros são os outros!....
João Bosco de Andrade Araújo
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