domingo, 28 de dezembro de 2008

ASSEMBLÉIS NA CARPINTARIA

Contam que numa carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças.
O MARTELO exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O MARTELO aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o PARAFUSO, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o PARAFUSO concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da LIXA. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais “colegas”, entrando sempre em atritos. A LIXA acatou com a condição de que expulsasse o METRO, que sempre media os outros, segundo a sua medida, como se fosse o único perfeito.
Neste momento entrou o carpinteiro, juntou o material e todas as ferramentas e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente a rústica madeira se transformou num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão. Foi então o SERROTE quem tomou a palavra e disse:
-“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremos-nos em nossos pontos fortes”.
A assembléia entendeu que o MARTELO era forte, o PARAFUSO unia e dava força, a LIXA era especial para limpara e afinar asperezas e o METRO era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalharem juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se negativa. Ao contrário, quando se busca com sinceridade pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidade, isso é pra os sábios.



Autoria desconhecida por mim, João Bosco de Andrade Araújo.

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