segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

DEBOCHE INFELIZ

Um dia desses vi uma cena que me decepcionou bastante. Passei por uma pessoa deficiente física, a qual andava com muita dificuldade. Porém, fazia isso sozinha, diga-se de passagem. Não lamentei nada e muito menos poderia fazer qualquer comentário sobre esse fato ou também ficar com dó dela. Afinal, se ela nasceu com aquele problema ou aconteceu posteriormente devido algum AVC (Acidente Vascular Cerebral), só mesmo Deus para lhe dar forças e pensamento positivo para enfrentar possíveis vicissitudes e dificuldades de locomoção.
O modo como ela andava, não resta dúvida, chamava a atenção de qualquer um. Contudo, repito, o que me decepcionou não foi esse fato em si - um rapaz andando todo desengonçado e com dificuldade por causa de um defeito físico - mas, a reação imatura de uma mulher que se encontrava numa roda de amigas, conversando alegremente e, ao presenciar aquela cena, não titubeou. Mudou o assunto repentinamente e, talvez, querendo fazer graça, começou a imitar o rapaz deficiente.
Sinceramente, não vi nenhuma graça naquela cena grotesca, o que foi pior, não achei nada interessante nisso, principalmente quando percebi que o estado daquela mulher zombeteira, vazia era, por sua vez, “interessante”, ou seja, estava grávida. Pergunta-se: será que ela se esqueceu desse feto, quero dizer, desse fato? Atitudes impensadas são próprias de crianças levadas por isso, algumas vezes, perdoadas. Mas, partindo de uma pessoa adulta, a situação torna-se um fato lamentável. Portanto, foi um DEBOCHE INFELIZ daquela senhora que perdeu uma grande chance de ficar quieta e calada!.


João Bosco de Andrade Araújo.

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