segunda-feira, 29 de junho de 2009

"FOME & SEDE" INSACIÁVEIS

Da maneira como estamos vivendo, até parece que o mundo hodierno será atingido por uma hecatombe, voltando a ser aquele vazio caótico, infinito e incomensurável. Lamento e peço desculpas por esse preâmbulo pessimista e apocalíptico, mas infelizmente é o que se percebe através da fome e sede insaciáveis que tomam conta das pessoas de um modo geral. Há uma pressa exagerada e inexplicável de consumo, de aquisição de conhecimentos, entretenimentos como se houvesse somente o dia de hoje.
Não quero com esse comentário, aparentemente retrógrado e até certo ponto pessimista, por a culpa no advento do computador, ou melhor, na informática, quando disponibiliza a internet a milhões de pessoas, espelhando para o mundo uma proliferação infinita de opções de acessos aos mais variados sites e programas, divulgando em todos os sentidos, atividades culturais, jogos, relacionamentos etc. Afinal, ela tem, como tudo na vida, seu lado positivo e negativo. O importante é saber usá-la. Diariamente, a informática invade os lares e empresas nos mais longínquos lugares do mundo, agilizando, condensando informações preciosas que antes demoravam bastante chegar às mãos e conhecimento de uma pessoa. Quanto diferença para melhor trabalho e comunicação!
Por outro lado, a mídia em geral, tentando vender o seu peixe, invade os lares, através do rádio e televisão com seu massacrante número de anúncios, estimulando os ouvintes e telespesctadores ao consumo em geral. E é aqui que faz sentido o adágio popular que diz: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!”. Pois, nesse ponto, os embalistas entram de cara na aquisição de produtos, roupas, calçados de grife, muitas vezes, porque os membros da sua turma estão usando isto e aquilo.
Portanto, o que se percebe no nosso cotidiano é uma aquisição incessante e desenfreada de objetos e coisas sem precedentes, acompanhada de uma busca de conhecimentos em todos os sentidos, esquecendo-se algumas vezes que para tudo na vida tem que haver um limite, um controle, uma opção racional. E não apenas, consumir objetos que, amiúde, nem vai usar corretamente. E pelo visto, a cada dia que passa o consumo exagerado vai aumentando, o que ratifica outro provérbio que diz: “Trair e coçar é só começar!”. O mais difícil não é tanto acessar este ou aquele site ou programa no computador e sim, abster-se disso, diariamente, na medida do possível. Quanto ao consumo aos produtos de outras áreas...Bem, aí são outros quinhentos..(reais).
Finalmente, a fome e sede insaciáveis por tudo isso perdurarão até o final dos tempos, pelo visto. E esse epílogo só acontece quando a pessoa falece. A não ser que também tal pessoa deixa de sonhar e batalhar dignamente por uma vida pacata, sem exageros em todos os sentidos e por que não, feliz!

João Bosco de Andrade Araújo

www.joboscan.net
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O SENSO COMUM

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