Quantas vezes na vida ouvimas essa expressão! Geralmente, quando as pessoas ouvem uma confidência, como prova de que não vão comentá-la soltam essa “perola” antiquíssima: “A minha boca é um túmulo. Pode ficar sossegado (a). da minha parte, ninguém ficará sabendo disso que você me contou!”
Pronto! Muito bonito! Aquela pessoa que falou algo sigiloso poderá até tranquila, não resta dúvida, mas por outro lado, pensando bem, quem se expressou assim deveria analisar melhor que, TÚMULO é, antes de mais nada, um local fétido, mesmo sendo a última morada de uma pessoa querida que morreu! Portanto, ao se comparar a própria boca com um local desse, mais do que nunco, deve mesmo é conservá-la bem fechada, lacrada, porque senão, caso contrário, triste de quem estiver tête-à-tête com tal pessoa. É ou não mais um paradoxo da nossa Língua Portuguesa?
“UM PASSINHO ATRÁS,POR FAVOR!”
No afã de pegar, colocar a maior quantidade possível de passageiros, os motoristas e cobradores de ônibus/lotação, mesmo quando o veículo estiver lotado, faz questão de não dispensar ninguém que deu sinal, pretendendo viajar. Tal fato, geralmente acontece no início e final dos dias normais. Muitas vezes, dependendo do seu horário, muitas pessoas não querem nem saber se aquela condução está ou não lotada, quer mesmo é entrar e ir tratar dos seus assuntos particulares. Pôs os dois pés dentro, um abraço. Vamos que vamos...
Então, numa circunstância assim, o pedido mais comum por parte do cobrador é o famoso e muitas vezes inútil: Pessoal, um passinho atrás, por gentileza!” E como ninguém desce, apenas sobe, num veículo assim não tem espaço para nada. Portanto, tal solicitação não fará o menor sentido. É como se costuma dizer: entra por um ouvido e sai pelo outro. O certo ou errado é que, mesmo sendo um pedido em vão, diariamente ele é ouvido em ônibus ou lotação em todas as regiões das grandes cidades.
João Bosco de Andrade Araújo
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