terça-feira, 9 de junho de 2009

MOTELZINHO BARTICULAR

Perdão, mas o título acima não foi digitado incorretamente! Tomei a liberdade de inventar essa palavra, propositadamente. Qualquer pessoa entenderá que eu quis escrever: particular. Mas, resolvi inovar, começando com a letra B. Você irá logo entender, assim espero.
Bem na esquina, próximo ao local onde trabalho (não há um motel) e sim um bar que só funciona durante a noite, ficando, obviamente fechado durante todo o dia. Até aqui, nenhuma novidade. Em qualquer esquina de alguma rua pode haver um bar noturno. A rua em questão , a Dª Eloá aqui na Zona Leste de São Paulo, é bastante movimentada. Carros e pedestres passam, sem cessar por aqui, de um lado para o outro. Do pequeno comércio de coco verde, contíguo à Banca de Jornal, da para perceber muitas coisas mesmo sem querer ser um alcoviteiro de carteirinha. As celeumas surgem sempre para quem quiser ver e presenciar. Desde simples discussões esporádicas, que não levam a nada, de alguns bêbados ou mesmo comerciantes, até namoros e casos amorosos fortuitos e sorrateiros.
E é sobre esse último assunto que passo a comentar. O filho do dono do bar noturno em questão não perde tempo. Amiúde, quando surge uma oportunidade imperdível, transforma-o num “motelzinho” só seu, mesmo por pouco tempo. Funcionam mais ou menos assim. Em plena tarde, por volta das 16 horas, ele chega como quem nada quer e abre uma das portas, conservando-a um pouco abaixada. Vamos comparar tal atitude como se ele estivesse no interior e armasse uma arapuca para pegar alguma ave qualquer e depois de depená-la, comê-la. Assim fica aquele adolescente, disfarçadamente, do outro lado da rua. Logo que uma linda jovem, aparentando a mesma idade que a dele, 17 anos, se aproxima e, rapidamente entra no bar, o dito cujo faz o mesmo e logo em seguida a porta é totalmente fechada. Agora surge a pergunta que não quer calar: será que eles se trancaram ali para estudar alguma matéria escolar ou uma lição de anatomia? Aqui prevalece a imaginação de cada um. Um rapaz e uma moça com a libido à flor da pele, isolados num ambiente, embora não muito confortável, o que poderá acontecer? Estudando? Já que ela chegou com uma mochila nas costas!!! Amando? Pensando bem, isso não interessa a ninguém. Se eles estão achando que o mundo está no seu epílogo e querem aproveitar o máximo de prazer que a vida oferece, isso passa a ser uma questão de livre-arbítrio ou algo parecido.
Como se costuma dizer: “cada um, cada um!”. Agora, se ela frequentou suas aulas direitinho e resolveu fazer a lição de casa naquele “motelzinho barticular” e depois tirar nota máxima no colégio, parabéns! Por outro lado, se depois, por descuido, ela aparecer grávida, aí serão outros quinhentos...(reais para comprar fraldas, diga-se de passagem).


João Bosco de Andrade Araújo

www.joboscan.net

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